O presente relato de experiência aborda o trabalho voluntário como psicóloga durante o período das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul (RS) em 2024. As atividades foram realizadas, entre os meses de abril e junho, em uma escola estadual de Porto Alegre que foi abrigo emergencial de pessoas atingidas pelos eventos climáticos em Eldorado do Sul. Buscou-se analisar os tempos e os movimentos institucionais no acompanhamento sistemático dos abrigados pelas lentes da psicologia social e institucional, com o auxílio de referenciais teóricos brasileiros sobre a gestão do cuidado em atenção psicossocial no contexto de abrigo provisório nos desastres.
Entende-se que a atuação da psicologia em situações de desastres socioambientais necessita considerar as problemáticas sociais que envolvem políticas públicas, territorialidades precárias e relações de poder diante de múltiplas vulnerabilizações da população atingida.
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